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Análise Funcional

Análise funcional do comportamento na avaliação e terapia com crianças

Rochele Paz Fonseca Janaína Thaís Barbosa Pacheco

Este artigo objetiva apresentar a importância da análise funcional do comportamento na avaliação e terapia comportamentais com crianças.
Tomou parte um caso com oito anos e seis meses de idade, sexo feminino e dois anos de escolaridade.
Sua mãe procurou atendimento com as descrições comportamentais da filha: desatenta, agitada, agressiva, desobediente e com dificuldades escolares.
A avaliação funcional foi realizada em seis situações: terapeuta-cliente, terapeuta-mãe, terapeuta-pai, terapeuta-pais, terapeuta-tia e terapeuta-professora.
Os principais procedimentos foram a observação do repertório comportamental da cliente, o relato verbal e a aplicação de instrumentos específicos.
A análise funcional do comportamento foi promovida com base na formulação de hipóteses dos efeitos de mudanças ambientais nos comportamentos-queixa da cliente.
Procedimentos de reforço verbal e generalizado foram utilizados para aumentar a autoestima e desenvolver um comportamento de melhor desempenho aritmético e acadêmico.
Ambos os objetivos foram alcançados.
Esse estudo de caso demonstrou que a análise funcional pode embasar processos de avaliação e psicoterapia infantil, tornando-os mais efetivos.

Formas de trabalho na psicoterapia infantil: mudanças ocorridas e novas direções

Jaíde Regra

Este estudo se propôs a descrever as mudanças ocorridas no atendimento de crianças durante os últimos trinta anos. Demonstrando os cuidados no atendimento de crianças e a procura de variáveis controladoras do comportamento da queixa, além da necessidade de orientação dos pais, evidencia os problemas que merecem análise. Os procedimentos empregados para a análise funcional são ilustrados com um caso sobre o comportamento de birra da criança e o recusar-se a ir à escola e como os desdobramentos do atendimento exigiram mudanças das pessoas envolvidas, na escola e em casa.
Reforçam-se, a cada passo, os comportamentos adaptativos da criança.

Análise funcional como estratégia para a tomada de decisão em psicoterapia infantil

Cynthia Borges de Moura Renata Grossi


Patricia Hirata 

Este artigo apresenta a sistematização dos dados provenientes da condução de um processo psicoterapêutico infantil, a partir do modelo de análise funcional descritiva proposto por Sturmey, 1996.
O trabalho apresenta a descrição do caso, a avaliação realizada, as análises funcionais de cada etapa da intervenção, os objetivos e estratégias de tratamento, selecionadas com base nas análises realizadas, e os resultados obtidos.
Discute-se, a partir da sistematização apresentada, qual a contribuição da análise funcional descritiva para a compreensão do processo de tomada de decisão em psicoterapia infantil.
Descrições das tomadas de decisões dos terapeutas e suas consequências para a condução do processo da criança parecem trazer contribuições relevantes para a prática do terapeuta comportamental infantil, por explicitar os fundamentos das ações realizadas

O uso da análise funcional na literatura brasileira de terapia comportamental: uma revisão teórico-conceitual

Maíra Pereira Toscano


Ana Carolina Macchione


Jan Luiz Leonardi

A Análise do Comportamento investiga, tanto de modo experimental quanto interpretativo, as relações estabelecidas entre indivíduo e ambiente, o que é chamado de análise funcional.
Ainda que a análise funcional seja central na pesquisa e na prática do analista do comportamento, existem inconsistências tanto em sua caracterização conceitual quanto em seu uso na prática clínica brasileira.
Em vista disso, esta pesquisa teve por objetivo investigar as características das análises funcionais na literatura brasileira de terapia comportamental. Foram identificados no procedimento de coleta de dados 13 casos de clientes típicos atendidos no ambiente de consultório nos quais análises funcionais foram desenhadas ou organizadas em forma de tabela.
Tais análises funcionais foram sistematizadas e analisadas em diferentes categorias relativas aos antecedentes, respostas e consequências, quantos e quais eram os termos empregados e como eram descritos.
Os resultados encontrados ilustram as principais características do uso da análise funcional. Revelam tanto dificuldade na transposição do conhecimento teórico para a prática, quanto dificuldades conceituais, indicando em que é necessário investir mais esforços para expansão do conhecimento teórico e para formação prática de terapeutas comportamentais brasileiros.

Análise funcional da permanência das mulheres nos relacionamentos abusivos: Um estudo prático

Daniely Cristina de Souza Pereira
 

Vanessa Silva Camargo
 

Patricia Cristina Novaki Aoyama

O presente trabalho tem como objetivo principal identificar as possíveis variáveis que afetam a permanência da mulher em relacionamentos abusivos.
Sabe-se que mais da metade das mulheres que já sofreram algum tipo de violência não denunciaram seus agressores, algumas inclusive permanecem no relacionamento. Para conhecimento dessa realidade, foi realizada pesquisa de campo por meio de entrevista semidirigida com três mulheres vítimas de violência doméstica.
Para análise e compreensão desse contexto, utilizou-se o referencial analítico-comportamental.
Como resultados, foram identificadas contingências mantenedoras para a permanência no relacionamento abusivo, sendo elas: a esperança sobre a mudança de comportamento do parceiro, dependência financeira, emocional, preocupação com a criação dos filhos, falta de rede de apoio e passividade.

Contando e detectando mentiras: efeito do feedback sobre o desempenho

Nicolau Chaud de Castro Quinta
 

Cristiano Coelho 

Estudos nos quais pessoas são testadas ao detectar mentiras mostram que a maioria da população parece ter essa habilidade pouco desenvolvida.
O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito do feedback dado após cada julgamento sobre a detecção de mentiras, com exposição prolongada à situação experimental, na qual detector e emissor interagiam frente a frente.
Os resultados mostraram que o feedback levou a uma melhora do desempenho de todos os detectores, com porcentagens de acerto de até 100% em uma sessão. Contudo, o desempenho dos detectores mostrou pouca estabilidade e os dados sobre a generalização para outros emissores foram inconclusivos. Medidas independentes do comportamento dos emissores não revelaram diferenças consistentes entre verdades e mentiras, ainda que relatos pós-experimentais tenham apontado nessa direção.
Foi discutida a importância de uma análise de dados individualizada e a necessidade de delineamentos que isolem a aprendizagem de detector e emissor.

Behavioral observation used to estimate pesticide exposure for farm workers in Brazil

David A. Eckerman
 

Cristiano Coelho
 

Lincoln S. Gimenes
 

Erick Röso Huber
 

Diane S. Rohlman
 

W. Kent Anger

Assessment of the harm caused by exposure to pesticides requires that a measure of exposure be available. While such information is available without difficulty in controlled laboratory studies, estimating the exposure of humans who have been exposed in the real world is difficult.
The difficulty is increased if exposures have taken place over an extended time period and the documentation of specifics is unavailable. Three methods of exposure assessment have previously been used: comparison of exposed and non-exposed groups, estimation of exposures through self-report of the individuals, and estimation of exposure through assessment of biomarkers or environmental levels. Each approach imposes limitations. We propose an additional approach – estimation of the degree of exposure for individuals through direct observation of their behavior and their use of personal protective equipment (PPE) during periods of exposure.
We also obtain opinions from experts regarding the risk associated with the various behaviors and PPE use and combine these with the observations to create a personal risk index foreach individual. By including information on chemicals in use during this period, we can characterize recent (observed) exposure for that individual.
By these steps, the degree of risk may be determined for recent (observed) exposure. An estimate of long-term risk resulting from work-related exposures can be obtained for individuals by summing across their work histories.

Análise Funcional do Comportamento

Maria Amélia Matos

A principal preocupação do analista comportamental é com o uso de unidades funcionais enquanto realizando uma análise do comportamento.
As influências que levaram a essa postura são analisadas: um modelo de ciência das ciências naturais, um modelo evolucionista, um modelo empirista, e o modelo funciona lista causal de Mach.
Coerentemente, sua análise do comportamento é basicamente uma análise do valor adaptativo desse comportamento em relação a seu meio ambiente.
As implicações dessa opção para uma concepção de causalidade do comportamento são analisadas, especialmente tendo em vista as metáforas das relações constantes e das seqüências encadeadas.
As limitações lingüísticas existentes são igualmente consideradas.
Os passos básicos para uma análise funcional são descritos e então desmembrados em passos menores. Exemplos e estratégias da realização da análise funcional são apresentados, assim como referências para trabalhos de análise básica e aplicada.

Avaliação Funcional e a sua Prática em Contextos Aplicados

Ilma A. Goulart de Souza Britto
 

Roberta Maia Marcon
 

Iran Johnathan S. Oliveira

O presente estudo descreve o processo de avaliação funcional dentro da abordagem analítico-comportamental.
Inicialmente, o estudo desenvolve-se apresentando a fundamentação empírica do processo de avaliação funcional. Segue com o enfoque sobre o processo de avaliação funcional com status experimental. E apresenta os métodos do processo de avaliação funcional: a avaliação funcional por observação direta, avaliação funcional por observação direta e análise funcional.
Ênfase é dada à manipulação de variáveis – ou análise funcional – como uma estratégia experimental utilizada para demonstrar relações funcionais, cujo desenvolvimento alcançou alto grau de precisão na identificação das fontes de reforçamento do comportamento-problema.
Conclui-se que os métodos de avaliação e análise funcional devem ser considerados obrigatórios para aplicação de intervenções comportamentais para modificação de comportamentos-problema severos.

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