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Controle Aversivo

Afinal, quem tem medo de controle aversivo?

João Claudio Todorov

Experimentos sobre fuga, esquiva e punição usando estimulação aversiva praticamente pararam nos últimos 30 anos devido a diversas razões, que incluem controle ético mais estrito. No lado aplicado, a análise do comportamento é conhecida pela forte preferência pelo uso de contingências de reforço positivo. Aqui discutimos a necessidade de se continuar a pesquisa básica que envolve controle aversivo, assim como estudos não experimentais em situações aplicadas, e o uso de dados obtidos por outras abordagens em psicologia e por qualquer outra ciência do comportamento. Controle aversivo faz parte da vida; nem sempre é ruim, nem sempre é evitável, e nem sempre é estressante.

Afinal, o que é controle aversivo?

Maria Helena Leite Hunziker

Embora a literatura relativa à análise do comportamento descreva as relações que envolvem controle aversivo, esse termo não é, em si, definido claramente. O presente texto visa analisar conceitualmente o que significa "controle" e que fatores o caracterizam como "aversivo". O termo "controle" é analisado funcionalmente, considerando-se as probabilidades relacionais envolvidas nas relações operantes e respondentes. Destaca-se a característica de bi-direcionalidade do controle na interação organismo/ambiente, o que caracteriza essa relação como dinâmica e responsável pela renovação contínua do comportamento e pela sua individualidade. A análise dos fatores que caracterizam o controle é feita a partir das operações e seus efeitos comportamentais, bem como da natureza dos estímulos envolvidos nas relações nomeadas como aversivas. Conclui-se que nenhum desses fatores permite a caracterização objetiva do agrupamento das relações aversivas. Sugere-se que o maior desenvolvimento de estudos experimentais sobre respondentes encobertos (respostas "emocionais") pode ser um fator que ajude a tornar mais objetiva essa classificação.

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