Conforme as diretrizes da Escuta Especializada, Lei 13.431/17 a postura do profissional que estiver nessa escuta deve ser:
- Ouça atentamente o que ela diz e a leve a um lugar apropriado (sala especial)
- Não reaja de forma assustada, isso poderá aumentará a angústia da criança. Mesmo se sentindo perturbado como depoimento mantenha a calma pois a criança precisará se sentir acolhida para continuar falando. Mantenha a proteção da criança.
- A criança precisa saber que não é culpada e que acreditam nela.
- Conceda a criança a oportunidade de conversar sobre o que aconteceu mas não a pressione. Ela não pode ser revitimizada e sim protegida.
- Diga a criança que ela está agindo corretamente ao conversar com você. Explique os direitos dela e pontue que ela está certa.
- Não a repreenda/culpe se a violência estiver ocorrido fora de casa, ou se ela estava usando determinado tipo de roupa, ou se havia ido em algum lugar sem a permissão dos responsáveis, lembre-se: ela é a vítima.
- Chame imediatamente o responsável legal e explique os direitos e direcione e NUNCA coloque essa criança em contato com o suposto suspeito (em caso de ser alguém da família ou do círculo de amizades) - Procure imediatamente: Autoridade Policial, Conselheiros Tutelares e Ministério Público. Disque 100.
- Sinta-se seguro de que isso não ocorrerá novamente.
Lembrado que todos os profissionais da rede privada ou pública, podem em algum momento presenciar ou ouvir de uma criança esse tipo de relato sobre violência sexual. Importante salientar que essa escuta não tem a função de produção de provas.
A finalidade desse texto é ser informativo porque em alguns casos os profissionais não estão preparados para lidar com violência sexual com criança e acabam, mesmo sem querer e/ou perceber cometendo violência institucional.
Nosso papel é acolher e direcionar para as autoridades especializadas.
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