Se é difícil falar sobre nossa própria sexualidade, imagina quando o assunto é a sexualidade dos nossos filhos? Um ponto primordial para facilitar essa conversa e torná-la mais natural é fazermos uma distinção entre sexualidade e sexualização. Sexualidade e sexualização não são a mesma coisa. Muitos pais evitam falar sobre sexo com seus filhos por receio de estarem incentivando uma iniciação precoce da vida sexual, mas é importante enfatizar que a sexualidade está presente em nosso dia a dia desde o nascimento e ela deve ser tratada como algo natural, saudável e ser explicada e falada de acordo com cada faixa etária. A educação sexual adequada proporcionará à criança a oportunidade de conhecer seu próprio corpo, de saber o que está acontecendo com ele em cada mudança ocorrida e, por consequência, saber identificar o que pode e o que não pode ser permitido. Sempre que as informações sobre sexo forem adequadas à idade estamos tendo um processo de educação sexual. Já quando essas informações não são providas ou acompanhadas pelos pais/educadores, tais informações e os comportamentos podem não estar adequados à idade e com isso corremos o risco de uma sexualização, de uma erotização precoce. E lembrem-se, a curiosidade é inerente aos jovens. Se vocês na sua família não estão conversando sobre sexualidade com seu filho ele provavelmente estará conversando com outras pessoas, o que pode ser arriscado ou prejudicial, por nem sempre essas pessoas serem adequadas para tal orientação. Por outro lado, ao ter suas dúvidas e questões bem direcionadas pelos pais e profissionais, como educadores e psicólogos, os benefícios serão tanto a curto quanto a longo prazo.
Ana Elisa Valcacer-Coelho CRP:09/8161
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